Um simples exame de laboratório revela a natureza agressiva do alcalóide (substância orgânica azotada, que tem propriedades alcalinas) nicotina.
Os fumantes inveterados, como os alcoólatras, depois que desencarnam, sofrem no Além os efeitos perniciosos daqueles vícios cultivados na Terra. “Natura non facit saltus” os estigmas (marcas, feridas) dos vícios adquiridos nesta vida continuarão a acicatar (incentivar, estimular; esporese, espora antiga de uma só ponta) o Perispírito. O vício não está no corpo físico, mas no corpo astral, comandado pelo Psiquismo diretor. Daí a conveniência de se abandonar o vício do fumo, enfim todos os vícios, antes da desencarnação. O vício terreno é assunto individual, cuja solução requer a decisão interior do próprio Espírito e não depende da mudança de um para outro plano de vida. A fonte do desejo reside no Espírito e não no corpo carnal. Assim sendo, os viciados que partem da Terra carregam os vícios que lhes acicatam acerbamente a vestimenta perispiritual. Só depois de os drenarem é que poderão se livrar dos desejos desregrados. Se o objetivo fundamental da evolução do Espírito é a sua libertação de todas as mazelas, deve, então, a Alma, desde logo, exercitar-se para a sua mais breve alforria espiritual e desligação definitiva dos vícios que podem prendê-la, cada vez mais, aos ciclos tristes das encarnações retificadoras.
Cumpramos, assim, o nosso dever, alertando nossos irmãos dos prejuízos que o fumo acarreta ao corpo e ao Espírito. Não os critiquemos, porque muitos de nós, num passado não muito remoto, quem sabe, já fomos ligados ao vício de fumar.
Se cada pessoa que ler este nosso trabalho, e que não for ligada ao vício do tabagismo, conseguir libertar um irmão deste mal terrível, por certo estaremos caminhando para um final feliz. Como diz a velha filosofia: “É sempre melhor acender uma vela do que permanecer na escuridão”.
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