“…Bem- aventurados os que sofrem a perseguição ou incompreensão por amor à solidariedade, à ordem, ao progresso e à paz, reconhecendo acima da epiderme sensível, os sagrados interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao engrandecimento do espírito comum, porque assim se habituam à transferência justa para as atividades do Plano Superior. Bem- aventurados todos os que forem dilacerados e contundidos pela mentira e pela calúnia, por amor ao ministério santificante do Cristo, fustigados diariamente pela reação das trevas, mas agindo valorosos, com paciência, firmeza e bondade pela vitória do Senhor, porque se candidatam desse modo, à coroa triunfante dos profetas celestiais e do próprio Mestre que não encontrou, entre os homens, senão a cruz pesada, antes da gloriosa ressurreição…” (Humberto de Campos – Boa Nova – Chico Xavier).
Vá e não peques mais (Joao 8:11)… Contemporâneo de Jesus, Joao Batista pregava a”metanoia”, algo como: “vá alem da mente ou mude a sua mente”, traduzido como arrependimento. Já preparando mentes e espíritos para a mensagem que estava por vir.
A necessidade de mudança no comportamento, no pensamento e na atitude. O ideal está acima do idealizador.
Existe um contexto idealístico dentro do ser “Jesus”. Um ideal construído e aprimorado pelo espírito “crístico” ali existente, ciente em si mesmo de suas possibilidades espirituais ao longo da infância, adolescência,juventude e mocidade.
Uma idéia é formada por reflexões e conteúdos, torna-se um ideal quando aplicado a si mesmo e percebido por outros. E vem a ser uma filosofia quando se fundamenta em pensamentos capazes de fazer outros refletirem da mesma forma. Não conhecemos outra referencia fora aquela, com o nome “Jesus”, para o adjetivo “Cristo”. Cristo nao é efeito, é causa.
Cristo é a essencia, conhecida pela forma que se expressa em Jesus. Espirito de alta envergadura, fez uso dos recursos disponiveis para estruturar a sua proposta e a sua mensagem.
As informações históricas sobre o que se passou na vida de Jesus até a sua maturidade nao apresentam clareza suficiente para definir como a estrutura social da epoca, da regiao, cultura local e familiar, influenciaram Jesus para a sua formaçao intima.
Jesus cresceu na Galiléia, uma região caracterizada pela prática do judaísmo ortodoxo, que se dedicava a estudar, viver e ensinar a Torah ( 5 primeiros livros da Bíblia). Por volta dos seis anos os meninos ingressavam na Bet Sefer, Casa do Livro, começavam a aprender sobre o velho Testamento. Somente os melhores entre os melhores continuavam a estudar a Torah após os quinze anos preparando -se para se tornar um rabi. Seus ensinamentos foram de certa forma adpatados pelos apostolos diretos e indiretos, com o objetivo de atender a proposta de divulgaçao. Preocupados em nao permitir que o denominado “cristianismo” viesse a se tornar mais uma seita.
Quais seriam realmente os propósitos na mente de Jesus antes do inicio de sua caminhada conhecida? Por mais que respeitemos e as sigamos como exemplo, o que se tem, são apenas versões parciais de um todo reconhecidamente muito maior, parte ínfima do que e como podem ter ocorrido as coisas, apenas conjecturas de fé.
Ser cristão está relacionado a abnegação, despojamento, desprendimento, comprometimento e sacrifício.
O ideal cristão presente no cristo Jesus está fundamentado na auto-ajuda, renovação, “ressurreição” em si mesmo, todos os dias, por que não?
O ideal cristão está direcionado e fundamentado ao reconhecimento das potencialidades pré-existentes em si mesmo, a autoconfiança, ao estado e condição da vida futura.
Conhecemos Jesus retratado por outros, mas como seria esse personagem em sua origem? “Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas – chamados evangelhos sinópticos – formam um grupo à parte, por certa característica histórica e didática, que os torna comuns e os distingue do quarto evangelho, o de João, de caráter mais especulativo e teológico.
O primeiro em ordem de tempo é o Evangelho de Mateus, destinado ao ambiente palestino. Relata amplamente os ensinamentos de Cristo.
O segundo é o Evangelho de Marcos , que não foi discípulo direto de Cristo, mas nos transmitiu o ensinamento de Pedro, destinado a um público não palestino.
O terceiro dos Evangelhos sinópticos é o de Lucas , companheiro de Paulo, também ele não foi discípulo imediato de Cristo.
O quarto evangelho, inversamente – como o primeiro – foi escrito por um discípulo direto de Cristo, um dos doze apóstolos: João, testemunha da sua vida e da sua morte.
“O quarto Evangelho, juntamente com este, de valor histórico, tem um especial valor especulativo, teológico.” Os seguidores de Jesus “são” pessoas que estão predispostas a mudanças.
É possível ser um espírito crístico, um cristo, sem ser discípulo de Jesus. Qual o equívoco no… Manso e pacifico e humilde de coração…? Esse cristão existe? Jesus era esse tipo? Haverá outro entendimento nessas palavras? Manso – mansidão, reflexão, observação, paciência, saber ouvir, agir com parcimônia, com calma, dar atenção, entender as limitações, ouvir o coração. Pacifico – paz, calma, observação, comportamento reto, objetivo, direção, entendimento, estudo, contemplação.
Humilde – processo de humildação, resiliência, flexibilidade, desapego, resignação. Ainda é grande a valorização dos princípios cristãos para direcionar, sustentar, organizar, ajudar e guiar. A mensagem ainda não é vivida em plenitude, apenas balbuciada algumas noções de atos crísticos.
Do principio cristão é preciso retirar algo mais para o dia a dia, algo mais prático do que uma opcao de fé religiosa. Ser cristão é trabalho sobre si mesmo, trabalho de comprometimento na própria renovação.
Uma busca constante na motivação, exercício de liderança servidora, trabalho em equipe, disponibilidade ao servir, empenho ao estudo, formação de lideres, renovação e crescimento espiritual.
É preciso falar mais de Jesus, da personalidade de Jesus para entender de ideal cristão. É preciso conhecer mais a fundo o idealista para entender seu ideal. Jesus falava para o futuro, falava ao espírito de sua condição futura e eterna.
A liderança de Jesus se baseia na transferência de conhecimento e experiências e não na manutenção do poder.
O poder é estabelecido de dentro para fora. Para o ideal cristão, o único poder visível é o de servir. O que o levou a convidar pescadores para se unir a Ele? Podemos deduzir que todo cristão é discípulo, mas nem todo discípulo é cristão. “Ninguem vai ao Pai se nao por mim…” (Joao 14:6). Ninguem vai ao Pai se nao fizer como eu, um espirito cristico.
Pode ser parecido com Cristo, pode ser seguidor de Jesus: antes de ser um cristão, você tem que ser um discípulo, pois se é verdade que nem todo discípulo é cristão, também é verdade que todo cristão é discípulo.
O substantivo virou adjetivo e vice-versa: há cristãos que não são discípulos, isto é, há muita gente que se diz cristã, mas não está disposta a seguir os passos de Jesus.
O Ideal cristão… Seria um manual ou conjunto de princípios e valores a serem vividos e progredir? Cristo não criou o cristianismo, esse termo foi apropriado ao movimento pelos apóstolos depois de sua crucificação.
O ideal cristão já esta constituído? “Conhecereis a verdade e a verdade os libertará…”(Joao 8:32).
Cristo não é sobrenome e sim uma “qualidade”, um adjetivo que só tem valor se houver o sujeito.
O personalismo ainda arruína, entrava a caminhada, obscura a fé e cega a visão de Deus.
Qual a solução? Seguir as diretrizes do Evangelho, mesmo sendo ainda muito difícil.
Maior busca do saber, mas não apenas do saber traduzido pelo homem, mas o saber de Deus.
O Ideal Cristão é o abrir mão de si mesmo.
O ideal cristão é a obra sobre si mesmo, é o servir incondicional.
Cristo servia? Como é um cristo servidor? A vida é medida pelos sucessos ou pelos fracassos? É reconhecer nos problemas, desafios a superar.
Diante da dificuldade, da circunstancia, espera as coisas acontecerem para agir ou antecipa-se a elas?
Como voce se relaciona com o seu cristo interno? Cristo nao é sobrenome de Jesus e sim uma qualidade. Viver pela Fé ou viver na Fé?
Ve o problema como um fim ou como um desafio que precisa ser superado? Vive “com” o problema ou “do” problema. Muitos desejam a marca de ungido, messias, mas quem na verdade esta disposto a viver por isso? Jesus, “morreu” por isso. É preciso retirar Jesus da Cruz e traze-lo como cristo em nós. Assim como Paulo: … “nao sou mais eu quem vive, mas sim o cristo vive em mim…(Galatas 2:20)”
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